segunda-feira, 24 de setembro de 2012

DE SERTÕES


Sou ex-temporâneo
Mas, ao contrário de Nietszche,
Sou contra o alzhaimer do Brasil.

Não posso esquecer.
Mnemosine não me abandone
Nessa hora.

Minha tataravó
Preada a dente de cachorro
Me apareceu
Hoje.

Me chamava
Para conhecer os encantados
Tupinambás do Raso da Catarina.
Não sei se estou preparado,
mas vou.

O sertão é o mundo.
Impenetrável?

Tentei fugir do destino.
No se puede!
Dizia os Q’om del Chaco
Entre massacres.
Tonolec.

Enquanto alguns querem conhecer outros mundos
O sertão de Lampião
me basta.

Encontrei no sertão um prumo.
Um norte?
Ponto firme
Para uma nau sem rumo.

Um comentário:

  1. Quando arte e ofício se alinham, o que resta é a leveza e um caminhar cheio de belas paisagens. Parabéns, profº Fernando Sá.

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