Entre escombros,
procurei nossa história
no ap do Liberato.
Encontrei,
apenas,
a rede balançando
sozinha.
Itamar cantando Leminsky,
poeta de palavras transeuntes,
enquanto filmes passavam na mente.
nosso amor
escorria como champanhe de réveillon,
entornada nas dunas.
O voo do corujão não trouxe meu amigo
niilista
que se tornara mendigo
na Lira Paulistana.
À espera do novo tom,
um músico rasgava a voz
- onde tremulava a cabeça de um cangaceiro –
contra a caretice vigente.
Em meio à crise,
não contei com muitos amigos.
Nas saídas de emergências
- todas falsas –
busquei a saída da cidade.
Cioran me tentava
Sorrindo
Sorrindo
Sorrindo
Não há saídas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário